O número de picadas de escorpião continua em alta em Alagoas. Entre janeiro e agosto de 2025, o estado já contabilizou 10.296 ocorrências, segundo dados do Ministério da Saúde. O número supera os 9.171 registros do mesmo período em 2024. Ao longo do ano passado, foram notificadas 13.292 picadas em todo o estado.
Diante do aumento dos casos, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reforça a necessidade de adotar medidas preventivas no cotidiano para impedir a presença desses animais peçonhentos nas residências. O coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses, Clarício Bugarim, destaca que ações simples no ambiente doméstico podem fazer grande diferença no combate aos escorpiões.
“A população pode ajudar bastante na prevenção contra a presença de escorpiões dentro de casa, por meio de atitudes simples no dia a dia. É importante manter a casa e o quintal sempre limpos, sem entulho, restos de madeira, lixo acumulado ou qualquer tipo de material que possa servir de abrigo para esses animais”, explica Bugarim.
Entre as principais recomendações, ele cita a vedação de frestas, buracos e ralos, locais frequentemente utilizados pelos escorpiões para acesso às residências.
“É fundamental vedar ralos, frestas, buracos em paredes e até mesmo colocar telas nos ralos, porque muitos escorpiões entram pelas tubulações. Outra dica importante é evitar deixar camas e móveis encostados nas paredes e roupas de cama arrastando no chão, já que eles costumam se esconder nesses locais mais escuros e úmidos”, completa.
Além da limpeza interna, o especialista alerta para a importância de cuidar também dos espaços externos, como terrenos baldios e áreas comuns.
“O cuidado com o ambiente em volta da casa também é responsabilidade de todos. Limpar terrenos baldios e não jogar lixo em áreas públicas são atitudes que fazem toda a diferença”, orienta o coordenador. Com a chegada do período mais quente e úmido, o risco de proliferação aumenta, tornando o monitoramento contínuo essencial para reduzir os acidentes com escorpiões e proteger a população.
Fonte – Jornal de Alagoas
