O estado de Alagoas registrou a maior expansão da renda domiciliar per capita entre as unidades federativas do Nordeste no período de 2012 a 2024, conforme análise da Fundação Getulio Vargas (FGV). O crescimento de 48,5% supera a média regional em 21,8 pontos percentuais, posicionando o estado à frente do Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão.
A pesquisa “Evolução da renda, desigualdade e pobreza nos Estados do Nordeste” indica que a renda média per capita da população alagoana evoluiu de R$ 887 para R$ 1.317 durante o intervalo de doze anos, representando acréscimo de R$ 430. O relatório, fundamentado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, associa a melhoria ao fortalecimento do mercado laboral e à ampliação de programas de transferência de renda.
No recorte temporal entre 2022 e 2024, o estado alcançou o segundo maior incremento regional (31,7%), precedido apenas por Pernambuco (32,2%). Neste período, o valor médio mensal avançou de R$ 1 mil para R$ 1.317. O estudo atribui a redução dos índices de pobreza e extrema pobreza à eficácia de políticas públicas e à recuperação econômica posterior à pandemia.
A administração estadual tem implementado iniciativas de capacitação profissional e estabelecido colaborações com o setor produtivo para manter a trajetória de crescimento. Em fevereiro, o governador Paulo Dantas (MDB) reuniu-se com o diretor do Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da FGV, José Henrique Paim Fernandes, para debater a articulação entre ensino médio e educação profissional.
De acordo com declarações do chefe do executivo estadual, o objetivo consiste em gerar oportunidades para a inserção laboral de jovens com qualificação apropriada. “Faremos parcerias com os empresários para que recebam nossos estudantes como ocorre com os alunos que se formam na Escola de Turismo, que conseguem emprego no setor turístico”, afirmou Dantas.













