Francisco Araújo, alagoano que é ex-secretário de saúde do Distrito Federal, por mais uma vez, é alvo da Operação Falso Negatíva, que envolve superfaturamento na compra de testes rápidos para a covid-19. Na manhã desta quarta-feira, 3, Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) tenta cumprir 15 mandados de busca e apreensão
A força-tarefa, segundo a investigação, ocorre na capital brasileiro e em várias cidades da Bahia. Nessa etapa, os investigadores buscam “novas provas” sobre ilegalidades praticadas em uma dispensa de licitação de 2020 para compra de 48 mil testes rápidos do novo coronavírus. Não houve prisões em flagrante. A suspeita dos investigadores é de que os testes foram superfaturados.
De acordo com a apuração dos agentes, os testes foram vendidos por até R$ 187 e são de “qualidade duvidosa”. Entretanto, em outro processo de dispensa de licitação, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), comprou o mesmo tipo de exame por R$ 73.
A investigação mostra que o ex-secretário de Saúde, Francisco Araújo, preso em outra etapa da operação, é amigo pessoal de um dos alvos, o empresário Fábio Gonçalves Campos, que teria sido beneficiado na contratação para o fornecimento dos testes. Esse empresário também teria “operado de forma oculta” a empresa Matias Machado Silva ME, contratada pela Secretaria de Saúde do DF na dispensa de licitação.
Além dessa fornecedora, a pasta contratou a Belcher, Brasil Laudos e W.S. do Prado. Cada uma foi responsável por fornecer 12 mil exames.
Fonte – Extra