A eleição em Alagoas virou ‘guerra de narrativas’ para confundir os eleitores. Um exemplo é a postura adotada pelo candidato ao governo do Estado, Rodrigo Cunha (União), que tem explorado ao máximo a imagem de seu adversário Paulo Dantas (MDB), desde a deflagração da Operação Edema, no início da semana, que apura o suposto desvio de R$ 54 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa.
Num dos ataques, o senador, que ficou em cima do muro quanto ao apoio à candidatura presidencial se tornando o candidato “nem-nem” – nem Lula e nem Bolsonaro -, propôs que Dantas desista de ser candidato ao governo. Ou seja, além de tentar ganhar no tapetão, busca outra saída absurda que seria a desistência do emedebista para ganhar a disputa pelo governo de Alagoas por W.O. Ao reforçar o discurso anticorrupção sobre o suposto envolvimento de Dantas no esquema de Rachadinha na Assembleia Legislativa, omite do eleitor que seu principal mentor político e padrinho, o deputado Arthur Lira (Progressistas), foi condenado por improbidade por envolvimento na “Operação Taturana”, também realizada pela Polícia Federal, em 2007.
Conforme levantamento feito pelo Ministério Público, o desvio de recursos por meio da Mesa Diretora da Casa era bem superior aos investigados atualmente. Foram, ao todo, R$ 230 milhões que nunca foram devolvidos aos cofres. Sobre o escândalo e o expressivo conjunto de provas apontados pelos órgãos de controle, Cunha silencia. Como estratégia, a época, Lira se elegeu deputado federal. Ainda assim, o processo, em Alagoas foi concluso e ele foi condenado, passando a se tornar ficha suja.
Fonte – GazetaWeb
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