Embora deixada em segundo plano (principalmente por conta do período eleitoral), a outorga do saneamento dos municípios do interior alagoano segue sendo uma questão importante nos bastidores da política. 28 municípios de todo o estado não aderiram ao edital promovido pelo governo.
Estas cidades formaram, no final do ano passado, um consórcio alternativo que visa a outorga de seus sistemas de água e esgoto – o Corseal (Consórcio Regional de Saneamento do Estado de Alagoas). A entidade é presidida pelo prefeito de Coité do Nóia, Bueno Higino (PP).
Vale lembrar que, politicamente, o consórcio é uma espécie de “resistência” aos milhões que estão sendo distribuídos aos municípios pela outorga do governo do estado. Embora esteja sendo tratado também na esfera técnica, o grupo é formado basicamente por prefeitos da base de apoio do deputado Arthur Lira (PP), que está “apostando alto” no consórcio, conforme o prefeito coiteense.
Sobre este ponto, Bueno indica que todos os prefeitos do bloco estão juntos e resistirão ao assédio do governador Renan Filho, que admitiu semana passada que gostaria de colocá-los na partilha dos recursos. “Nenhum prefeito vai sair deste grupo, converso com todos praticamente todos os dias, e todos concordam que o governador não dialogou com as prefeituras”, assegurou.
Questionado se o consórcio não é um artifício eleitoreiro para fortalecer os aliados de Arthur Lira, Bueno afirmou que todo o andamento prático do processo estará concluído bem antes das eleições. “A legislação já está sendo tratada por cada câmara municipal, e logo após haverá a formalização do consórcio, que esperamos acontecer na próxima reunião até o final do mês”, disse.
“Os PMIs (Procedimentos de Manifestação de Interesse) dos municípios estarão prontos em no máximo 10 dias. E o consórcio estará formalmente trabalhando num edital em no máximo 60 dias, bem antes das eleições”, ressaltou.
Fonte – 7 Segundos
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