O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o governo pretende ampliar os investimentos em ferrovias e incentivar a renovação das frotas de caminhões movidos a Gás Natural Liquefeito (GNL). Ele falou sobre o tema nesta segunda-feira (10), durante a abertura da COP30, no Pará.
Segundo Renan Filho, o país vive sua “máxima histórica” de investimentos no modal ferroviário, considerado essencial tanto para o desenvolvimento nacional quanto para o enfrentamento das mudanças climáticas. Ele destacou ainda que a transferência de cargas das estradas para os trilhos aumenta a segurança para quem circula pelas rodovias.
Ao citar os principais projetos em andamento, o ministro mencionou as obras da Transnordestina, com cerca de 5 mil trabalhadores, e da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que reúne aproximadamente 8 mil funcionários, além dos investimentos nas ferrovias operadas pela MRS, pela Rumo e no trecho que liga ao Mato Grosso.
Renan Filho também comentou sobre as emissões de dióxido de carbono (CO²) no transporte rodoviário e defendeu a transição para caminhões movidos a GNL. Ele explicou que a mudança depende da expansão da infraestrutura de abastecimento pelo país, o que está sendo planejado por meio dos chamados “corredores azuis”. O primeiro posto desse sistema já está em funcionamento em Parauapebas (PA), compondo uma rede prevista de 50 unidades. O ministro afirmou que, com essa estrutura, um caminhão poderá sair de São Paulo com GNL e reduzir em até 30% as emissões.
A intenção, segundo ele, é priorizar inicialmente os veículos de carga e, posteriormente, ampliar as ações para ampliar o uso de carregadores elétricos por veículos convencionais.
Ainda de acordo com Renan Filho, muitas empresas presentes na COP30 possuem compromissos de sustentabilidade, mas enfrentam limitações para cumpri-los devido ao fato de que a frota brasileira ainda depende majoritariamente do diesel.













