Pela primeira vez na história, casais com crianças representam menos da metade das famílias brasileiras. O dado faz parte do Censo Demográfico 2022: Nupcialidade e Família, divulgado nesta quarta-feira (5/11) pelo IBGE.
Entre 2000 e 2022, os casais sem filhos foram o grupo que mais cresceu, registrando aumento de cerca de 85%. No mesmo período, a proporção de famílias com filhos caiu de 56,4% para 42%, enquanto os casais sem filhos saltaram de 13% para 24,1%.
No Norte do país, observa-se a maior proporção de famílias formadas por casais com filhos, reflexo das taxas de fecundidade historicamente mais altas. A região também apresenta maior número de famílias estendidas, onde outros parentes vivem no mesmo domicílio.
Já a maternidade solo é mais frequente no Nordeste, indicando um perfil familiar diferenciado em relação ao restante do país.
No Sul do Brasil, os casais sem filhos se destacam como o tipo de família mais comum fora das grandes metrópoles, acompanhando a tendência nacional de redução da presença de crianças nos lares.
Pais e mães solo
Entre 2000 e 2022, o número de mulheres sem cônjuge e com filhos apresentou crescimento de 16%, passando de 11,6% para 13,5% das famílias brasileiras, o que corresponde a cerca de 7,8 milhões de lares. Atualmente, a maternidade solo está presente em 13,6% das residências no país.
O número de pais solo também registrou aumento significativo no período, passando de 1,5% para 2% das famílias, totalizando aproximadamente 1,2 milhão de lares.
Em termos percentuais, o crescimento das famílias lideradas por homens sem cônjuge e com filhos foi de 33% em 22 anos, um ritmo ainda mais acelerado que o registrado entre as mães solo.













