A tensão entre Estados Unidos e Venezuela voltou a crescer após a divulgação de que o ex-presidente norte-americano Donald Trump autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a realizar operações no país vizinho. A informação foi publicada nesta quarta-feira (22) pelo jornal The Washington Post.
De acordo com a reportagem, o documento assinado por Trump não determina explicitamente a derrubada do presidente Nicolás Maduro, mas permite a adoção de medidas que “podem levar a esse resultado”, segundo fontes com acesso à autorização.
Em entrevista coletiva na Casa Branca, na semana passada, Trump foi questionado se a CIA teria recebido ordens para “eliminar Maduro”. O ex-presidente evitou responder diretamente: “Ah, eu não quero responder a uma pergunta dessas. Mas acho que a Venezuela está sentindo a pressão”, declarou.
A escalada diplomática ocorre paralelamente à intensificação das ações das Forças Armadas dos EUA no Caribe. Washington afirma que os ataques têm como alvo embarcações usadas para o tráfico de drogas e controladas por grupos que chama de “narcoterroristas”.
Na última terça-feira (14), Trump anunciou mais um bombardeio contra um barco na costa venezuelana — o quinto desde agosto. As ofensivas já deixaram ao menos 27 mortos, segundo informações do Exército norte-americano.