A Polícia Civil investiga como possível feminicídio a morte de Luana Cristina Menezes Cabral, de 27 anos, cujo corpo foi encontrado por familiares em seu apartamento no bairro Trapiche da Barra, em Maceió, na noite da última sexta-feira (10). A jovem estava trajando apenas roupas íntimas e apresentava um pano enrolado no pescoço.
Embora a causa exata da morte ainda dependa da conclusão do laudo pericial, o caso, que inicialmente gerou dúvidas sobre outras possíveis motivações, passou a ser tratado como o último estágio da violência contra a mulher. De acordo com o delegado Gilson Rego, responsável pela apuração, o crime está sendo investigado com prioridade.
“Desde o primeiro momento, nossas equipes estiveram no local, acompanharam os trabalhos periciais e iniciaram as diligências necessárias para esclarecer o crime”, afirmou o delegado em entrevista à TV Pajuçara.
A Polícia Civil já começou a ouvir testemunhas próximas à vítima e analisa imagens de câmeras de segurança nas imediações do prédio. O objetivo é traçar o perfil da vítima, identificar suspeitos e entender a dinâmica do crime.
Apesar do andamento das investigações, Rego ressaltou a importância do sigilo para não comprometer as diligências. Ele também reforçou o apelo à população para que contribua com informações por meio do disque-denúncia 181, garantindo o anonimato dos denunciantes.
“Se alguém tem informações sobre o caso, movimentos suspeitos ou detalhes que possam ajudar a elucidar o que aconteceu, pedimos que entrem em contato com a polícia”, completou o delegado.
Se confirmado como feminicídio, o caso de Luana Menezes será o terceiro registrado apenas neste fim de semana em Alagoas. Além dela, Inaianne da Costa Silva, também de 27 anos, foi morta a facadas pelo ex-marido da patroa, e a enfermeira Ketyni Maria Gomes da Silva, de 33, foi assassinada pelo ex-companheiro.
A Polícia Civil reafirmou seu compromisso com a investigação e destacou que todas as medidas legais estão sendo tomadas com rigor. “Nosso objetivo é esclarecer os fatos e dar uma resposta à sociedade. A verdade precisa vir à tona e os responsáveis por este crime devem ser punidos”, concluiu o delegado Gilson Rego.