Pela primeira vez na história, todas as favelas do Brasil agora possuem um Código de Endereçamento Postal (CEP) reconhecido pelos Correios. O Governo Federal anunciou nesta quarta-feira (8) o cumprimento antecipado da primeira fase do programa “CEP para Todos”.
Um total de 12.348 favelas em 656 municípios receberam o código postal geral. Essa iniciativa beneficia diretamente 16,39 milhões de pessoas, o equivalente a 8,1% da população brasileira, sendo que 72,9% são pessoas negras.
A conquista foi celebrada pelos ministros das Cidades e das Comunicações em Brasília. A meta, que estava originalmente prevista para ser alcançada apenas em dezembro de 2026, foi concluída com mais de um ano de antecedência.
Antes da implementação do programa, o IBGE estimava que cerca de 870 mil pessoas viviam em áreas com “fragilidade de endereço”, ou seja, sem nome de rua ou numeração. A ausência de um endereço oficial dificultava o acesso desses moradores a direitos e serviços básicos.
O “CEP para Todos” prevê outras duas fases até 2026:
CEPs por Logradouro: A segunda etapa, já em andamento, está criando CEPs específicos para ruas, vielas e becos em 59 territórios do projeto Periferia Viva. Até o momento, já foram gerados 765 CEPs, sendo 279 apenas na Favela da Maré, no Rio de Janeiro, beneficiando cerca de 19 mil moradores.
Instalação de Agências: A terceira meta é instalar postos e agências dos Correios em 100 favelas em todo o país.
Ao todo, 12.348 favelas em 656 cidades receberam um CEP. Essas áreas abrigam 16,39 milhões de pessoas, o equivalente a 8,1% da população do país — das quais 72,9% são pessoas negras (pretas e pardas).