Durante o Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, especialistas alertam para o aumento do risco de tumores na tireoide entre mulheres que já enfrentaram essa doença. Estudos indicam que esse risco é maior em pacientes mais jovens.
Mulheres diagnosticadas com câncer de mama aos 40 anos apresentam 16% mais chance de desenvolver câncer de tireoide em comparação com a população geral. Já para aquelas com 50 anos, essa probabilidade cai para 12%.
Essa relação pode estar associada a fatores genéticos, hormonais e aos efeitos colaterais dos tratamentos oncológicos. Tanto o câncer de mama quanto o de tireoide são sensíveis à ação de hormônios, sendo o estrogênio um dos principais envolvidos no crescimento de determinados tipos de câncer de mama, além de influenciar o desenvolvimento de tumores na tireoide.
Outro fator que contribui para o risco é a exposição à radiação durante a radioterapia, principalmente quando aplicada nas regiões do tórax ou pescoço. Pacientes que passam por esse tipo de tratamento recebem uma dose significativa de radiação, o que é um fator de risco conhecido para o câncer de tireoide.
Diante desse cenário, o acompanhamento contínuo após o tratamento do câncer de mama é fundamental. Recomenda-se o monitoramento regular da função tireoidiana, além da adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e controle do peso. Consultas periódicas ao oncologista e ao endocrinologista são essenciais para garantir a saúde integral das pacientes.