Na manhã dessa terça-feira (7), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) apresentou os detalhes da operação integrada que resultou na prisão de dois homens suspeitos de participar de uma organização criminosa responsável por roubos de relógios de luxo em Maceió. As prisões ocorreram na noite de segunda-feira (6), após uma ação coordenada pelos serviços de inteligência.
A investigação foi conduzida em parceria entre a SSP e a Secretaria de Prevenção à Violência (Seprev), que identificaram o padrão de atuação dos suspeitos. Eles vinham agindo em bairros nobres da capital, como Ponta Verde e Jaraguá, focando em relógios de alto valor, especialmente da marca Rolex. A apuração contou com a participação da Polícia Militar, Polícia Civil e do Programa Ronda no Bairro, sob coordenação da Chefia de Inteligência Integrada da SSP.
Durante as diligências realizadas em um residencial no bairro da Jatiúca, policiais militares da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas) recuperaram quatro relógios — três Rolex e um Constantin Diamond — além de armas, drogas e equipamentos usados para verificar a autenticidade dos itens roubados. Um dos presos confessou que parte dos objetos foi enviada para São Paulo, indicando atuação interestadual do grupo.
O secretário executivo da SSP, coronel Jairison Melo, ressaltou que toda a ação foi integrada e baseada em informações obtidas por equipes especializadas. “Após recebermos uma denúncia anônima, conseguimos prender os suspeitos e recuperar parte dos objetos roubados”, afirmou o coronel.
Para o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Amorim, a operação reforça a importância da cooperação entre as forças de segurança. “A atuação conjunta possibilitou identificar e capturar rapidamente os envolvidos. A PM seguirá firme no combate a esse tipo de crime em todo o estado”, declarou.
O delegado Thiago Prado destacou o esforço conjunto desde o início das investigações. “Mapeamos os casos e identificamos os suspeitos para evitar novas ocorrências. A resposta foi rápida e eficiente, comprovando que Alagoas mantém o controle sobre a criminalidade”, afirmou.
De acordo com o delegado Igor Diego, diretor da Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Dracco), as prisões representam um avanço nas investigações. “Sabemos que os objetos seriam vendidos em outro estado e seguimos apurando denúncias para recuperar o restante dos bens roubados e identificar todos os envolvidos, seja na autoria ou receptação”, explicou.
Os dois suspeitos foram autuados pelos crimes de roubo, posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. As investigações continuam para localizar outros membros da organização criminosa, que podem estar atuando em diferentes estados.