A Rússia enfrenta, assim como o Brasil, uma onda preocupante de intoxicações por metanol. Segundo informações do site RBC, reproduzidas na última sexta-feira (3) pelo jornal The Moscow Times, ao menos 41 pessoas morreram no oblast de Leningrado, região noroeste do país, após consumirem bebidas alcoólicas adulteradas desde o final de setembro.
As investigações revelam que a substância letal estava presente em bebidas comercializadas de forma ilegal. O Ministério Público local já abriu três processos criminais relacionados ao caso e, até o momento, 14 pessoas foram presas. Entre os detidos estão pequenos revendedores e intermediários suspeitos de armazenar e distribuir o produto contaminado.
Um dos principais suspeitos identificados pelas autoridades é um homem de 54 anos, apontado como um dos líderes do esquema criminoso. Ele teria participação direta na operação de produção e venda das bebidas adulteradas.
As bebidas contendo metanol eram armazenadas em um depósito clandestino localizado no distrito de Tosno. De lá, o produto era encaminhado a centros de distribuição ilegais e, em seguida, vendido em mercados locais sem qualquer tipo de licenciamento.
Como resultado da operação, mais de 5 mil litros de bebida adulterada foram apreendidos pelas autoridades russas. O caso gerou alerta nacional e reforçou a necessidade de maior fiscalização sobre a produção e comercialização de bebidas alcoólicas no país.