A neuralgia do trigêmeo, conhecida como “a pior dor do mundo”, provoca crises intensas e incapacitantes que podem comprometer a vida social e profissional do paciente. A doença, mais comum em pessoas acima de 50 anos e em mulheres, afeta o nervo responsável pela sensibilidade da face e pode atingir uma ou mais de suas divisões.
A condição pode ser primária, sem causa aparente, ou secundária, associada a tumores e doenças desmielinizantes. O tipo mais frequente é causado por compressão vascular. O diagnóstico exige atenção, já que a dor surge de forma súbita e é desencadeada por gestos simples, como sorrir ou escovar os dentes.
Entre os tratamentos estão procedimentos percutâneos, que utilizam agulhas para lesionar o nervo e reduzir a dor, além da microdescompressão vascular, considerada a técnica mais eficaz. Em cerca de 80% dos casos, esse procedimento mantém o paciente livre da dor por até dez anos. Em alguns casos, o uso de anticonvulsivantes e outras intervenções também pode ser necessário.
No campo legislativo, tramita no Congresso o Projeto de Lei 1512/25, que cria a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Neuralgia do Trigêmeo. A proposta prevê acesso a medicamentos, capacitação profissional, campanhas de conscientização, centros de referência no SUS e até o reconhecimento da doença como deficiência, garantindo direitos previdenciários e sociais.
Fonte – Extra