A preocupação com a intoxicação por metanol cresceu após o estado de São Paulo reportar 22 casos relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, com cinco mortes sob investigação (uma confirmada). É crucial buscar tratamento imediatamente após o surgimento dos primeiros sintomas.
Os sintomas da intoxicação por metanol costumam surgir, em média, de 12 a 24 horas após a ingestão da substância. Ao notar qualquer um destes sinais, procure a emergência médica mais próxima:
Dor de cabeça
Náuseas e vômitos
Dor abdominal
Confusão mental
Visão turva repentina ou cegueira (em ambos os olhos)
O Ministério da Saúde orienta que, ao buscar atendimento, o profissional de saúde deve entrar em contato com o Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da região para notificação e investigação do caso.
Como é Realizado o Tratamento
O tratamento adequado é iniciado após exames e confirmação laboratorial. O objetivo principal é impedir que o metanol se transforme em subprodutos tóxicos no organismo. As abordagens incluem:
Antídotos:
Etanol Venoso: É o antídoto mais utilizado no Brasil (restrito a centros de referência do SUS). Ele age inibindo a enzima álcool desidrogenase, prevenindo a formação dos metabólitos tóxicos do metanol.
Fomepizol: É outro antídoto eficaz, mas não possui registro no Brasil.
Medidas de Suporte:
Corretores de Acidez: Utilização de substâncias como o bicarbonato para reverter a acidose metabólica grave causada pelo metanol.
Vitaminas: Tratamento com vitaminas, como o ácido fólico.
Casos Graves:
Hemodiálise: Em situações de intoxicação grave, a hemodiálise pode ser necessária para eliminar o metanol diretamente da corrente sanguínea do paciente.