O papa Leão XIV classificou como uma “proposta realista” o plano de paz para a Faixa de Gaza apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O líder da Igreja Católica defendeu um cessar-fogo imediato e manifestou solidariedade ao povo palestino, que, segundo ele, vive em “condições inaceitáveis”.
A declaração foi feita nesta terça-feira (30), antes do retorno do pontífice ao Vaticano. Ele pediu que o Hamas aceite o acordo.
“Esperamos que eles aceitem. Até agora parece uma proposta realista. Esperamos que o Hamas aceite no prazo estabelecido”, afirmou.
O papa ressaltou que o plano traz “elementos muito interessantes”, especialmente no que se refere à possibilidade de cessar-fogo acompanhado da libertação de reféns israelenses. A proposta, composta por 20 pontos, prevê transformar Gaza em um território livre do terrorismo. Caso haja concordância entre as partes, as Forças de Defesa de Israel poderiam se retirar do enclave, abrindo espaço para negociações sobre os reféns.
Durante a conversa com jornalistas, o pontífice destacou ainda a urgência de socorro humanitário à região e comentou sobre a flotilha que se aproxima da Faixa de Gaza com suprimentos básicos.
“Nota-se o desejo de responder a uma verdadeira emergência humanitária”, disse, acrescentando que espera que a chegada dos representantes ocorra “sem violência e com respeito às pessoas”.
No início de setembro, em encontro com o presidente de Israel, Isaac Herzog, o papa já havia pedido um cessar-fogo urgente em Gaza e a entrada imediata de ajuda humanitária, reforçando a preocupação da Santa Sé com a crise no Oriente Médio.