Apesar da tradição açucareira, Alagoas busca reduzir a dependência histórica da cana-de-açúcar, que ainda é o principal produto agrícola do Estado e figura como destaque nas exportações. O governo estadual tem apostado em alternativas como o cultivo de soja, milho, mandioca e eucalipto, além de incentivar o fortalecimento da pecuária leiteira e a agricultura familiar.
“Precisamos diversificar, ampliar a produção e reduzir essa dependência histórica da cana-de-açúcar. Hoje, já vemos avanços importantes”, afirmou Phelipe Vargas, secretário estadual de Planejamento, Orçamento e Governo Digital, ao Valor Econômico.
No setor sucroenergético, produtores têm investido em novas variedades e em ganhos de produtividade, em busca de maior competitividade no mercado externo. Paralelamente, a pecuária leiteira vem recebendo novos investimentos, como a instalação de uma unidade da Nativille em Batalha e a expansão da planta de União dos Palmares, ampliando a capacidade de processamento.
A indústria também desponta como eixo de crescimento. A Mineração Vale Verde (MVV), que completou quatro anos em Alagoas, exportou 320 mil toneladas de concentrado de cobre, atendendo mercados como China e Índia. Em maio, a empresa respondeu por 32% das exportações do Estado, segundo dados da FIEA.
Outro setor em expansão é o turismo, que vem se consolidando de forma consistente. Em 2024, Alagoas passou a integrar o Índice de Atividades Turísticas (IATUR), do IBGE, reforçando sua posição no cenário nacional como destino em crescimento.
Fonte: Jornal Extra de Alagoas