O deputado federal Isnaldo Bulhões, líder do MDB na Câmara, utilizou seu tempo de fala no plenário para defender a aprovação do programa Mais Especialidades e, ao mesmo tempo, direcionar críticas contundentes ao governo anterior, referindo-se à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro na área da saúde.
Bulhões iniciou sua fala reconhecendo os problemas persistentes na saúde brasileira, mas enfatizou que os “problemas mesmo” estavam concentrados no governo anterior. Para ilustrar seu argumento, ele citou um pleito do deputado Fábio Reis (SE) pela autorização de um serviço de nefrologia no município de Lagarto. Ele descreveu o período como um “momento lamentável do negacionismo no Brasil” e “do esquecimento da humanidade, pós pandemia”. Segundo Bulhões, o serviço não foi credenciado durante o governo Bolsonaro, sendo autorizado apenas com o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência.
O líder do MDB estendeu a crítica à situação em seu estado natal, Alagoas. Ele afirmou que nenhum hospital de Alagoas foi credenciado durante o governo Bolsonaro. Em contraste, ele destacou que, no governo atual, “quase a totalidade das unidades de emergência, as UPAs e pronto atendimento e dos hospitais de especialidades e gerais do Estado de Alagoas” já foram credenciados ou estão em processo de credenciamento.
A defesa do programa Mais Especialidades culminou na votação da medida provisória na Câmara, que teve como relator na comissão especial o deputado Yuri (MDB-CE) e o senador Otto Alencar.
Em uma publicação nas redes sociais, o deputado Isnaldo Bulhões reiterou a crítica, afirmando que “Dizer que o Brasil possuía uma política pública de saúde focada em especialidades no governo anterior chega a ser uma piada”. Ele classificou o governo anterior como o que “mais negou a ciência e causou um verdadeiro caos na pandemia”, alegando que não havia um plano focado no atendimento especializado. Bulhões concluiu o post enfatizando que a política de saúde especializada voltou a existir com o governo Lula, justificando assim a defesa “tão fundamental” do programa pelo MDB na Câmara.