O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), entregou sua carta de demissão ao presidente Lula em uma reunião no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (26/9). A decisão acontece em resposta ao rompimento oficial do União Brasil com o governo federal.
Após o encontro, Sabino confirmou que estava “cumprindo a decisão do meu partido” de deixar a base do Executivo. No entanto, o ministro, que vinha balançando no cargo desde que o União Brasil formalizou sua saída, não escondeu o desejo de continuar.
“A minha vontade é clara, é continuar o trabalho que a gente vem fazendo”, reforçou o ministro, indicando que buscará dialogar com as lideranças de sua sigla.
A direção nacional do União Brasil antecipou o movimento de rompimento após reportagens apontarem uma suposta ligação entre o presidente da legenda, Antonio Rueda (que nega as acusações), e aeronaves operadas por uma empresa associada ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Pedido de Lula e Próximos Passos
O presidente Lula solicitou que Sabino permaneça no cargo por mais uma semana para acompanhar uma agenda em Belém (PA) na próxima quinta-feira (2/10), referente à entrega de obras para a COP30. O ministro confirmou presença na missão.
A saída de Sabino é a 13ª troca ministerial no atual governo. Contudo, os outros dois ministros ligados ao União Brasil, Frederico de Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração), devem ter seus cargos preservados, pois são considerados cotas pessoais do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Para a sucessão no Turismo, Lula avalia alguns nomes. Entre as cotadas estão a atual secretária-executiva da pasta, Ana Carla Machado Lopes, e a secretária nacional de Políticas de Turismo, Cristiane Leal Sampaio. O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, também é uma possibilidade ventilada.