O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está em autoexílio nos Estados Unidos, fez uma declaração contundente em entrevista ao Contexto Metrópoles. Ele acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de ser um “ser totalmente político” e de ter a intenção de “matar” seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A afirmação ocorre após a Primeira Turma do STF condenar o ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por crimes como tentativa de golpe de Estado.
Eduardo Bolsonaro também expressou preocupação de que seu pai possa ser enviado para o Complexo Penitenciário da Papuda. Segundo ele, isso só não acontecerá se houver uma “influência mais forte” no entorno de Moraes. O deputado destacou sua falta de confiança nas “promessas futuras” do ministro, sugerindo que o destino de Jair Bolsonaro ainda é incerto.
Enquanto critica Moraes, Eduardo Bolsonaro também enfrenta problemas legais. O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou um processo disciplinar contra ele. O processo pode levar à cassação de seu mandato. Para relatar o caso, o colegiado sorteou três nomes: Duda Salabert (PDT-MG), Paulo Lemos (PSol-AP) e Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-AP). O presidente do Conselho, Fabio Schiochet (União Brasil-SC), escolherá o relator.
Além disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado ao STF por crime de coação. A acusação é de que Eduardo Bolsonaro teria tentado influenciar os rumos dos processos contra seu pai ao usar sanções econômicas impostas pelo governo de Donald Trump ao Brasil. O ministro Alexandre de Moraes deu um prazo de 15 dias para que Eduardo apresente sua defesa prévia em relação à denúncia.