Durante um voo da Latam entre São Luís e Brasília, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino foi alvo de ofensas verbais proferidas por uma passageira. Após o desembarque, às 19h10, no aeroporto Juscelino Kubitschek, a mulher foi conduzida à Polícia Federal para prestar esclarecimentos. A aeronave havia decolado da capital maranhense, onde Dino reside, às 16h40.
A assessoria de Flávio Dino informou, em nota, que o ministro estava “sentado e trabalhando, de cabeça baixa, aguardando a decolagem do voo São Luís – Brasília, quando uma mulher, aos gritos, embarcou e iniciou uma série de agressões contra o ministro”.
“A passageira em questão gritava que não respeita ‘essa espécie de gente’ e que o ‘avião estava contaminado’. A mulher tentou avançar em direção ao local de assento do ministro, sendo contida pela intervenção de um segurança, que se colocou entre ambos”, afirma.
Ainda de acordo com a nota da assessoria, a passageira também gritava durante o voo frases como “o Dino está aqui” e apontava para o ministro, em “clara tentativa de incitar uma espécie de rebelião a bordo”. “A mulher somente cessou sua conduta após ser advertida pela aeromoça chefe de cabine”, acrescenta o comunicado.
Durante a confusão no voo, um agente da Polícia Federal em São Luís foi chamado, entrou na aeronave e comunicou à equipe de segurança de Flávio Dino que registraria o incidente na superintendência da capital federal.
Após o desembarque em Brasília, o ministro deixou o avião e a passageira foi conduzida pelos policiais. Todos os envolvidos, incluindo a tripulação, prestaram depoimento. Segundo a PF, foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra a mulher, que recebeu liberação imediata.
De acordo com apuração do UOL, a passageira integrava um grupo de 16 turistas de Curitiba que retornava de viagem pelo Maranhão. Por estar acompanhada, a Polícia Federal decidiu permitir que o voo seguisse até Brasília, onde ela foi levada para prestar depoimento. A mulher, 57 anos, é servidora da Secretaria de Saúde do Paraná.
Ainda segundo divulgado pela assessoria, Flávio Dino “lamenta o ocorrido e informa que todas as medidas cabíveis foram adotadas pelas autoridades competentes”.
“Agressões físicas e verbais, ainda mais no interior de um avião, são inaceitáveis, inclusive por atrapalhar outros passageiros e colocar em risco a operação do próprio voo, que é um serviço essencial”, conclui.