Em entrevista ao Contexto Metrópoles, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a postura do governo brasileiro nas negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas impostas por Donald Trump. Ele sugeriu que o Brasil envie uma comissão para ficar em Washington, aguardando uma agenda com a administração de Trump.
O deputado usou o Japão como exemplo de país que resolveu suas tarifas e atacou Lula, dizendo que ele estaria preocupado com uma possível “puxada de orelha” de Trump e que “não tem conduta de presidenciável”.
Eduardo afirmou que o ex-presidente americano foi “muito cordial” e que Lula estaria gostando da crise das tarifas para poder “culpar Trump por seu fracasso na parte econômica”. Ele também pontuou que há uma “crise institucional” no Brasil, mencionando a “perseguição contra Jair Bolsonaro” e a “regulamentação das redes sociais”.
Residindo nos Estados Unidos desde fevereiro, Eduardo Bolsonaro está articulando com o governo Trump para que os EUA pressionem o Brasil, em protesto contra o que ele considera abusos no processo judicial contra seu pai, Jair Bolsonaro. A Polícia Federal indiciou Eduardo no inquérito que apura crimes de coação e obstrução de justiça, por ele ter supostamente articulado sanções contra o Brasil, como a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Moraes é o relator do processo contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Eduardo solicitou à Câmara dos Deputados para exercer seu mandato a partir dos EUA, e pode perdê-lo caso o pedido seja negado.