A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, criada para investigar fraudes que podem ter desviado R$ 6,4 bilhões em seis anos, enfrenta grandes desafios. Para ser efetiva e dar respostas à sociedade, a comissão terá que superar seus conflitos internos.
Um dos principais pontos de tensão é a presença de dois políticos de Alagoas com histórico de rivalidade: o relator Alfredo Gaspar (União Brasil), apoiador de Jair Bolsonaro, e o senador Renan Calheiros (MDB), forte aliado de Lula.
Essa polarização é vista como um obstáculo para a CPMI, que tem 180 dias para apurar os fatos de forma imparcial. Gaspar já fez acusações públicas, afirmando que o “governo Lula meteu a mão em R$ 6 bilhões do dinheiro dos aposentados”, apesar de o início das fraudes ter ocorrido em contratos assinados durante o governo Bolsonaro, a partir de 2019.
A comissão, composta por 32 parlamentares (16 senadores e 16 deputados), investigará os descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas, realizados por associações. As investigações da Polícia Federal sobre o caso já estão em andamento.
Fonte: Jornal Extra