O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou aplicar “consequências severas” à Rússia se o presidente Vladimir Putin não aceitar um cessar-fogo na Ucrânia. A declaração foi feita em resposta a um repórter, antes de uma reunião bilateral entre os dois líderes marcada para a próxima sexta-feira (15) no Alasca. Questionado sobre possíveis retaliações, Trump disse que “sim, haverá consequências severas, mas não direi quais”.
A declaração de Trump aconteceu após uma videoconferência com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão. Na conversa, eles discutiram os termos de negociação para o fim do conflito, que já dura três anos e meio. Zelensky disse a Trump que Putin “está blefando” sobre um possível acordo.
Trump sugeriu a possibilidade de uma segunda reunião, que seria quase imediata e incluiria Zelensky, mas apenas se o primeiro encontro com Putin for produtivo. “Se for tudo certo na primeira reunião, teremos uma segunda entre Putin e Zelensky”, afirmou o presidente americano. Ele ressaltou, porém, que não haverá um segundo encontro se o resultado da primeira conversa não for satisfatório.
Durante a videoconferência, Macron disse que Trump se comprometeu a garantir que qualquer questão envolvendo o território ucraniano seja negociada exclusivamente pela Ucrânia. O chanceler alemão, por sua vez, destacou que o grupo de líderes concordou com a necessidade de um “cronologia correta”: um cessar-fogo imediato, seguido por discussões para um acordo permanente. As condições estabelecidas pelos aliados incluem o respeito à soberania da Ucrânia, garantias de segurança ao país e a não aceitação da anexação russa de qualquer território ucraniano.