Dois meses após a Petrobras reduzir em 5,6% o preço da gasolina para as distribuidoras, o consumidor alagoano ainda não sentiu o efeito na bomba. Segundo a ANP, o preço médio no estado variou de R$ 6,24 para R$ 6,23 no período, uma queda insignificante diante da promessa de redução de cerca de R$ 0,20 por litro. Em alguns municípios, como Santana do Ipanema, o valor chegou até a subir.
A análise da composição do preço revela que a parte da Petrobras caiu para R$ 2,01 por litro (31,7%), mas os revendedores aumentaram sua fatia para R$ 1,39, representando mais de 21% do valor final. Isso indica que o desconto oferecido nas refinarias não foi repassado ao consumidor, com os postos optando por ampliar suas margens de lucro.
O preço da gasolina em Alagoas continua entre os mais altos do Brasil, superando a média nacional e dos estados vizinhos. Enquanto Pernambuco e Paraíba registram valores abaixo de R$ 6,00, Alagoas mantém média de R$ 6,23. A ausência de fiscalizações por parte do Procon estadual reforça a sensação de impunidade e favorece práticas abusivas.
Chama atenção a disparidade de preços entre municípios. Em São Miguel dos Campos, o litro custa R$ 5,79, enquanto em Maceió, cidade portuária, chega a R$ 6,34 — uma diferença injustificável de R$ 0,56. Sem transparência na formação dos preços e com fiscalização ineficiente, o consumidor segue pagando caro por um combustível que deveria estar mais barato.
Fonte – Jornal de Alagoas