O jogador Neymar tem se destacado não apenas nos gramados, mas também como um gigante do mercado imobiliário. Segundo reportagem do jornal O Globo deste domingo (20.jul), o atacante é dono de mais de 150 imóveis em regiões litorâneas do Brasil, cobrindo praticamente toda a costa nacional. Recentemente, ele se tornou sócio de um ambicioso projeto chamado “Caribe Brasileiro”, com empreendimentos em praias do Nordeste.
A iniciativa, liderada pela Neymar Sports — empresa administrada por seu pai — em parceria com a Due Incorporadora, prevê a construção de 28 empreendimentos até 2037. Os imóveis de luxo serão erguidos em pontos turísticos como Porto de Galinhas, Carneiros, Maragogi, Antunes e Japaratinga. O investimento estimado é de R$ 7,5 bilhões, com unidades residenciais variando de R$ 300 mil a R$ 6 milhões.
Com resorts, prédios, aeroporto e comércio previstos ao longo de 100 km de praias entre Pernambuco e Alagoas, o projeto gerou forte repercussão. Ambientalistas e parte da sociedade civil criticam o impacto ambiental e urbanístico da iniciativa, que reacendeu o debate sobre a chamada “PEC das Praias” e a possível privatização de áreas litorâneas públicas.
Neymar, além de investidor, virou garoto-propaganda da incorporadora responsável pelo projeto, o que ampliou a visibilidade — e também a controvérsia. Enquanto o empreendimento promete aquecer a economia local e gerar empregos, opositores alertam para os riscos ambientais e sociais, em meio a um dos debates mais sensíveis do litoral brasileiro.
