A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) prendeu, nesta quinta-feira (10), em Maceió, um homem suspeito de integrar uma quadrilha interestadual especializada em aplicar o chamado “Golpe do Falso Advogado”.
Segundo as investigações, o grupo causou prejuízo estimado em R$ 150 mil a vítimas em diferentes estados do país. A ação faz parte da Operação Espada de Themis, realizada com apoio da Polícia Civil do Tocantins (PCTO).
Coordenada no estado pelo delegado João Marcello, da Seção de Crimes Cibernéticos da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), a operação mirou um suspeito residente em Maceió, apontado como um dos membros ativos da organização criminosa.
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos se passavam por advogados ou defensores públicos e entravam em contato com vítimas por meio de aplicativos de mensagens. As abordagens miravam pessoas que aguardavam decisões judiciais, e os estelionatários solicitavam o pagamento de supostas taxas processuais para liberação de benefícios ou conclusão de processos.
O golpe foi aplicado em diversos municípios do Ceará, como Fortaleza, Maracanaú, Pacatuba e Caucaia, além de outras localidades do país. As investigações apontam que os integrantes da quadrilha agiam de forma coordenada e profissional, utilizando identidades falsas e recursos tecnológicos para dificultar a rastreabilidade.
Os suspeitos responderão por crimes de estelionato mediante fraude eletrônica, associação criminosa, lavagem de dinheiro e uso de identidade falsa. A Polícia não descarta o agravamento das penas, uma vez que parte dos envolvidos já possui antecedentes por práticas semelhantes.
O detido foi conduzido ao sistema prisional alagoano, onde permanecerá à disposição da Justiça.
O nome da operação, Espada de Themis, faz referência à deusa grega da Justiça, simbolizando o compromisso das instituições com a aplicação firme e justa da lei.
APolícia Civil alerta a população para desconfiar de qualquer solicitação de dinheiro feita por telefone ou aplicativos de mensagens em nome de advogados, órgãos públicos ou instituições judiciais. Casos suspeitos devem ser denunciados imediatamente às autoridades competentes.