O vereador Rui Palmeira (PSD) voltou a denunciar, nesta quarta-feira (9), a política de endividamento silencioso adotada pela gestão do prefeito JHC (PL). Desde o início da atual administração, já foram aprovados quatro grandes empréstimos, entretanto apenas o contrato firmado com o Banco de Brasília (BRB) possui obras em andamento.
Mesmo com mais de R$800 milhões em recursos de financiamentos já disponíveis nos cofres municipais, a Prefeitura de Maceió solicitou autorização para contrair mais dois novos empréstimos. As propostas chegaram à Câmara Municipal de forma tão nebulosa e sem explicações claras que nem mesmo a bancada governista teve segurança para votar. Diante das incertezas, a votação foi adiada para que os vereadores possam obter mais esclarecimentos sobre a origem e a aplicação dos recursos.
Além do volume crescente de empréstimos, Rui Palmeira também criticou o aumento expressivo das despesas correntes. Por meio da Lei Delegada, a gestão criou novas secretarias, serviços sociais autônomos e aumentou significativamente o número de cargos comissionados, o que deve gerar um impacto acumulado de quase R$ 200 milhões ao longo de quatro anos.
“Daqui a dois anos, Maceió estará pagando juros e amortização desses quatro empréstimos, pelo menos R$ 200 milhões por ano apenas para isso, sem contar os financiamentos de longo prazo feitos com bancos internacionais. Essa bola de neve está crescendo e daqui a pouco o dinheiro da Braskem vai acabar, se é que já não acabou”, alertou Rui.
Para o vereador, os recursos destinados ao pagamento de dívidas poderiam ser aplicados em áreas essenciais, trazendo melhorias reais para a população. “A gestão precisa priorizar o que realmente importa. Cada real usado para pagar juros de empréstimos é um real a menos para as escolas, para os postos de saúde, para o trânsito. Maceió está caminhando para um endividamento que compromete o futuro da cidade”, completou.
