Sob a liderança da ex-presidente Dilma Rousseff, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) realiza nesta sexta-feira (4) e sábado (5) a 10ª reunião anual do conselho da instituição. À frente do banco desde março de 2023 e recentemente reeleita para um novo mandato, Dilma tem imprimido ao NDB uma agenda voltada à ampliação dos financiamentos para infraestrutura, inovação e sustentabilidade nos países em desenvolvimento.
A reunião em andamento no Rio de Janeiro acontece às vésperas da cúpula de chefes de Estado do Brics, e reúne ministros, líderes empresariais e representantes da sociedade civil para discutir caminhos que fortaleçam a cooperação entre os países do grupo, incluindo iniciativas para reduzir a dependência do dólar em transações comerciais. Dilma tem sido uma das principais defensoras do uso de moedas locais nos financiamentos do banco, proposta que ganhou impulso após encontros recentes da presidente do NDB com o presidente chinês, Xi Jinping.
“A abertura do evento acontece na manhã desta sexta, com a participação da presidente do banco, Dilma Rousseff, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.”
Desde sua criação, em 2014, o Banco do Brics já destinou cerca de US$ 5,2 bilhões a projetos no Brasil, mas foi sob a presidência de Dilma que a instituição passou a priorizar iniciativas com maior impacto social, ambiental e tecnológico, mirando especialmente as necessidades do chamado Sul Global.
Além do debate sobre inovação e sustentabilidade, a 10ª reunião do conselho discute a adoção de moedas locais em operações do banco. O tema, no entanto, expõe divisões internas: enquanto China e Rússia pressionam para acelerar mecanismos que reduzam a influência do dólar, Brasil e Índia preferem evitar embates diretos com os EUA.
Com a participação de Dilma Rousseff, a agenda do Brics inclui ainda, neste sábado, a reunião de Ministros da Fazenda e Presidentes de Bancos Centrais, que contará com Fernando Haddad e Gabriel Galípolo, além do Fórum Empresarial do Brics, que terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A cúpula de líderes do Brics, marcada para os dias 6 e 7 de julho, encerrará a série de encontros, com expectativas de avançar em consensos sobre comércio, inovação tecnológica e reformas em organismos internacionais, como a ONU. Até lá, Dilma Rousseff seguirá à frente das negociações financeiras, reforçando o protagonismo do Brasil no banco e no bloco.