O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (22) manter o depoimento do atual comandante da Marinha do Brasil, Almirante Marcos Sampaio Olsen. Os esclarecimentos são parte da ação penal 2.688, que investiga uma suposta trama golpista.
A defesa de Olsen alegou desconhecer os fatos em questão na ação penal. No entanto, os advogados de Almir Garnier, ex-comandante da Marinha no governo de Jair Bolsonaro (PL), afirmaram que Olsen tem condições de esclarecer a divulgação de uma nota da Marinha à imprensa em novembro de 2024.
Em novembro de 2023, a nota divulgada pela Marinha afirmava que “em nenhum momento, houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para a execução de ações que tentassem abolir o Estado Democrático de Direito.”
Com a decisão de Moraes, o atual comandante da Marinha, Almirante Marcos Sampaio Olsen, manteve a obrigação de comparecer à audiência nesta sexta-feira (23), às 14h.
Almir Garnier é um dos oito réus no processo que investiga o chamado núcleo militar, acusado de articular um plano golpista para impedir a posse do presidente eleito em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que Garnier teria manifestado apoio à proposta apresentada pelo então presidente Jair Bolsonaro.
Réus na ação
São réus na ação penal: o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos; o ex-ministro da Justiça, Anderson Gustavo Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno Ribeiro Pereira; o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro César Barbosa Cid; o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; e o general Walter Souza Braga Neto.