O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parabenizou nesta quinta-feira o cardeal Robert Francis Prevost pela eleição como novo papa da Igreja Católica. Agora chamado Leão XIV, Prevost é o primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos e o primeiro papa vindo de um país de maioria protestante.
“Parabéns ao cardeal Robert Francis Prevost, que acaba de ser nomeado papa. É uma grande honra saber que ele é o primeiro papa americano. Que emoção e que grande honra para o nosso país”, escreveu Trump em sua rede social oficial. Em seguida, completou: “Não vejo a hora de conhecer o papa Leão XIV. Será um momento significativo.”
Apesar das congratulações, Trump vinha demonstrando apoio a outro nome americano no conclave: o cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York, de quem é próximo. Durante visita a Roma para o funeral do papa Francisco, o presidente havia sugerido Dolan como candidato ideal ao papado. “Temos um cardeal que por acaso é de um lugar chamado Nova York e é muito bom. Então veremos o que acontece”, afirmou na ocasião.
O relacionamento entre Trump e Dolan é de longa data. O cardeal celebrou as orações durante as posses presidenciais de Trump em 2017 e novamente em 2025, a última delas descrita por ele como “um grande dia para os Estados Unidos”.
No entanto, a relação foi abalada recentemente. Após uma declaração polêmica em que Trump disse que gostaria de ser papa. “Eu gostaria de ser papa. Seria a minha primeira escolha”, a Casa Branca divulgou uma imagem gerada por inteligência artificial em que o presidente aparecia vestido como pontífice. A publicação gerou críticas, inclusive do próprio Dolan: “Ele causou uma má impressão. Isso não foi bom.”
Leão XIV, de 69 anos, nasceu em Chicago, mas construiu boa parte de sua trajetória eclesiástica na América Latina, especialmente no Peru. Lá, destacou-se como missionário e defensor dos direitos humanos durante o governo de Alberto Fujimori. Antes de sua eleição ao papado, Prevost ocupava cargos importantes no Vaticano, como prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.
De perfil discreto e considerado um reformista moderado, Leão XIV é visto como alguém que deve dar continuidade à linha de abertura promovida por Francisco. Formado em teologia e especialista em direito canônico, entrou para a vida religiosa aos 22 anos e foi ordenado padre em 1982. Sua eleição marca um novo capítulo na história da Igreja Católica, ampliando sua representatividade global.