O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou nesta sexta-feira (2) uma foto ao lado da equipe médica que o acompanha no Hospital DF Star, em Brasília, onde está internado desde a cirurgia de desobstrução intestinal realizada no último dia 13 de abril. Segundo ele, a recuperação segue de forma positiva, com melhora progressiva do quadro clínico.
Dois dias após ter deixado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e sido transferido para um quarto do hospital, Bolsonaro relatou estar sem dor e febre, apresentando apenas episódios de soluços. “Tenho respondido bem à dieta líquida e, graças a Deus, os movimentos intestinais estão voltando aos poucos. A alimentação ainda está sendo feita tanto por via oral quanto pela veia, com todo o suporte calórico e nutricional necessário”, afirmou.
O ex-presidente também informou que realiza sessões diárias de fisioterapia motora para prevenir trombose e garantir recuperação muscular. “Sigo confiante, com fé em Deus e no trabalho da equipe médica, a quem agradeço imensamente”, completou.
De acordo com boletim divulgado nesta sexta-feira, Bolsonaro permanece clinicamente estável, com pressão arterial controlada e sem sinais de infecção. As visitas continuam restritas e ainda não há previsão de alta.
Segundo os médicos, os exames mais recentes apontam melhora significativa do quadro clínico. O ex-presidente já consegue ingerir líquidos por via oral, como água, chá e gelatina, e não necessita mais do uso de sondas. A evolução do funcionamento intestinal também foi confirmada.
A cirurgia pela qual Bolsonaro passou teve duração aproximada de 12 horas e foi realizada para remover bridas (aderências intestinais causadas por intervenções cirúrgicas anteriores) e reconstruir parte da parede abdominal. Tais alterações são comuns em pessoas que já foram submetidas a múltiplas cirurgias na região abdominal, como é o caso do ex-presidente, que passou por diversos procedimentos após o atentado sofrido durante a campanha eleitoral de 2018.
A obstrução intestinal, condição tratada na cirurgia, é caracterizada pelo bloqueio parcial ou total do trânsito intestinal e pode provocar sintomas como inchaço, dor abdominal em cólica, náuseas, vômitos, prisão de ventre e dificuldade para eliminar gases. Entre as causas estão tumores, hérnias, inflamações, intoxicações e, como no caso de Bolsonaro, bridas intestinais.