A Polícia Federal concluiu, nesta terça-feira (29), as investigações sobre o atentado ocorrido na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em 13 de novembro de 2024. O ataque, que aconteceu nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), foi executado por Francisco Wanderley Luiz, que morreu ao detonar explosivos no local.
De acordo com o relatório final da apuração, Francisco agiu sozinho, sem a participação ou o financiamento de terceiros. A motivação apontada foi o extremismo político — o que, segundo os investigadores, impulsionou o ato de violência contra um dos principais símbolos das instituições democráticas do país.
Durante a investigação, a Polícia Federal lançou mão de um amplo conjunto de recursos técnicos. Foram analisadas comunicações do autor, movimentações bancárias e dados fiscais. Equipes periciais examinaram todos os locais ligados ao crime, enquanto peritos reconstituíram a linha do tempo das ações de Francisco até o momento da explosão. Mais de uma dezena de testemunhas foram ouvidas para esclarecer os detalhes do ocorrido.
As conclusões foram formalmente encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal, que acompanha o caso desde o início. Em nota oficial, a Polícia Federal destacou que “reitera seu compromisso com a defesa da sociedade e da preservação da democracia”, e ressaltou que permanece vigilante diante de qualquer ameaça à ordem constitucional.
O atentado causou grande repercussão na época e reforçou os alertas das autoridades para o risco da radicalização política e da violência como forma de manifestação. O encerramento das investigações representa um passo importante na responsabilização e compreensão do episódio, segundo avaliação de fontes ligadas à segurança institucional.