Este 23 de agosto de 2025 marca os 90 anos de idade de uma das figuras mais emblemáticas da política de Alagoas quando se fala em democracia.
Um dos integrantes da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988, ainda em vigor, o ex-deputado federal José de Oliveira Costa, também advogado e jornalista, tornou-se referência por sua atuação em favor do estado democrático de direito.
Nsscido em Palmeira dos Índios, foi um dos nomes mais expressivos da oposição ao regime implantado no Brasil com o golpe militar de 1964 e um destaque nas campanhas pela anistia e por “Diretas Já”, que culminaram com o restabelecimento da democracia em nosso país.
Além de deputado federal, em 1985 foi eleito, pelo voto direto, vice-prefeito de Maceió numa chapa encabeçada por Djalma Falcão, ambos do MDB, após anos em que a escolha dos prefeitos das capitais era de forma indireta, por indicação da cúpula governista.
Em 1982, numa disputa memorável, concorreu ao governo do Estado contra Divaldo Suruagy e acabou derrotado por conta de casuísmos eleitorais que não permitiram, por exemplo, que fossem considerados válidos os votos a candidatos majoritários nos municípios em que o respectivo partido não tivesse diretório constituído – e o PMDB não tinha em 40% dos municípios alagoanos.
Outro casuísmo dessa eleição de 1982 foi o voto vinculado: o eleitor teria de escolher candidatos do mesmo partido para todos os cargos em disputa, sob pena de anular seu voto, o que favoreceu bastante os candidatos governistas, com maior estrutura partidária.
Após vários anos afastado da política, dedicando-se apenas à advocacia, em 2012 José Costa foi candidato pelo PPS a vereador em Maceió e obteve apenas 1693 votos, ficando como quarto suplente da sua coligação.
Foram dois tropeços políticos que não diminuíram em nada a grande contribuição que José Costa deu às causas democráticas.
Fonte – Blog do Flávio Gomes de Barros