O prefeito de Maceió segue contrariando a lógica dos políticos – e não da política – de Alagoas. A maioria apostava que após três ou quatro meses, João Henrique Caldas (PSB) começaria a enfrentar desgastes em sua imagem. Não começou.
Até agora, JHC mantém a popularidade em alta, tem aprovação acima da média e vem adotando modelo de gestão que consegue potencializar fatos positivos e minimizar as dificuldades de caixa da prefeitura.
Para JHC, nem parece que a campanha acabou. Ele capitaliza como poucos a vacinação, sabe explorar ações como a redução do preço da passagem, retirada dos tachões da faixa azul e a ciclovia da Fernandes Lima.
João Henrique capitaliza até ações que não tem relação direta com a prefeitura, a exemplo da nova loja do Mac Donalds ou a doação de uma moto para um entregador que ganhava a vida só na sola do sapato.
Vivendo um bom momento, o prefeito surge nos bastidores (e nas pesquisas de opinião) como favorito para 22. JHC em qualquer cenário na disputa para o governo. O prefeito tem ainda possibilidade de montar um palanque forte, que pode ter a presença de senadores, deputados federais e estaduais.
Mas o que parece animar de fato o prefeito para uma eventual disputa em 22 é o “vácuo” aberto pela indefinição dos principais grupos políticos do Estado. Enquanto Renan Filho (MDB), Marcelo Victor (SDD) e Arthur Lira (PP) não conseguem decidir se farão ou não aliança e continuam sem saber se terão ou não candidatos ao governo, o grupo de JHC avança.
Melhor situado nas pesquisas do que o senador Rodrigo Cunha (PSDB), JHC está analisando prós e contras de uma eventual disputa majoritária em 22. Para isso, teria que renunciar ao cargo de prefeito no começo de abril de 22, apenas um ano e três meses depois da posse.
O que se ouve nos meios políticos é que JHC “não tem coragem de ser candidato ao governo”, mas se sair “ganha”.
Para quem ainda duvida, vai aí um recado de um importante e influente interlocutor: “o JHC já conversou com o vice-prefeito Ronaldo Lessa (PDT) sobre essa possibilidade e tem avaliado os cenários com tranquilidade”, aponta.
Em outras palavras, JHC está se preparando para as eleições de 2022. Disputar ou não o mandato não vai depender do fator coragem. “Ele tem de sobra. Tudo vai depender das alianças que conseguir formar nos próximos meses. Mas que ninguém se surpreenda se ele deixar a prefeitura para assumir o Palácio dos Palmares”, reforça o interlocutor.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior












