Objetivo é acelerar consultas, exames e cirurgias em especialidades com alta demanda
Hospitais privados poderão, em breve, reforçar a oferta de atendimentos especializados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde deve lançar, na próxima semana, o edital que permitirá a contratação dessas unidades para ajudar a reduzir as filas de espera em áreas como oncologia, ortopedia, cardiologia, ginecologia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
A medida foi anunciada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como parte de um esforço para acelerar o acesso da população a serviços que hoje enfrentam longas esperas na rede pública.
Os hospitais interessados deverão apresentar uma lista de procedimentos que podem oferecer, com base nos valores atualizados do programa Agora Tem Especialistas. A proposta será avaliada pelo Ministério da Saúde, e os primeiros atendimentos devem começar já em agosto.
“Pela primeira vez, vamos ter um mecanismo que permite que hospitais privados e filantrópicos que têm dívidas com a União se transformem em cirurgias e exames diagnósticos”, afirmou Padilha, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro.
A iniciativa também vai permitir que unidades privadas sem pendências financeiras participem do programa, com direito a benefícios tributários. A lógica é simples: ampliar a rede de atendimento do SUS usando a capacidade ociosa do setor privado.
“Nossa expectativa é que, no mês de agosto, os primeiros hospitais estejam sendo contratados nesse mecanismo, abrindo as portas para uma pessoa que está esperando ali na fila do SUS poder ser atendida em um hospital privado, sem pagar nada”, destacou o ministro.