A baixa participação de empresas de Alagoas em pesquisas econômicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acende um alerta sobre possíveis impactos na precisão do cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. O superintendente do IBGE em Alagoas, Alcides Tenório Júnior, destaca que, até o momento, apenas 55% das empresas alagoanas responderam aos questionários, um número muito abaixo da média nacional.
O prazo final para o envio dos dados é 29 de setembro. Alcides Tenório ressaltou que a participação das empresas é essencial para garantir um retrato fiel da economia local. “Responder ao IBGE não é apenas cumprir uma obrigação legal. É garantir que o estado de Alagoas seja visto pelo que realmente é: um estado que produz, gera emprego e tem potencial de crescer”, afirmou.
Consequências para quem não responde
Embora a ausência de resposta não inviabilize o cálculo do PIB, ela reduz a precisão dos resultados, podendo distorcer a imagem da economia alagoana. Além disso, a não colaboração traz consequências legais e financeiras para as empresas. Aquelas que não enviarem as informações podem ser multadas em até 10 salários mínimos e ficam impedidas de obter a Certidão de Quitação de Informações Estatísticas, documento necessário para conseguir financiamentos.
O IBGE também destacou o papel fundamental dos contadores nesse processo. A maioria das 4.286 empresas selecionadas em Alagoas conta com escritórios de contabilidade para preencher os formulários. A presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Alagoas (CRC-AL), Adriana Araújo, reforçou a importância da categoria. “Quando o contador cumpre esse papel com precisão e no prazo, ele contribui diretamente para a valorização da economia alagoana e para a construção de políticas públicas mais adequadas”, disse.