Era para ser um encontro do PP. Foi mais que isso. Na sexta-feira (23), Arthur Lira, reuniu em um hotel de Maceió, 45 prefeitos (de várias legendas), o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor, os deputados estaduais Paulo Dantas, Jó Pereira, Dudu Ronalsa, Ângela Garrote e Galba Novaes, além de lideranças políticas.
Na reunião, como registrou o Gazetaweb, Lira tratou da “privatização” da Casal na Grande Maceió e teria desaconselhado prefeitos a aderir aos novos blocos que estão sendo formados para um novo edital de concessão do serviço de saneamento nos demais municípios.
O prato do dia, no entanto, foi a sucessão do governador Renan Filho. Aos prefeitos, Lira pediu que não assumam compromissos de voto nem para a Câmara Federal, nem para o governo.
O presidente da Câmara dos Deputados avisou, durante o encontro, que o PP terá candidato viável (leia-se com condições de competir e ganhar no voto popular) o governo de Alagoas em 2022.
Não foi a primeira vez que Arthur Lira disse algo parecido. Nos últimos meses ele tem repetido sempre a “informação”, sem dar qualquer tipo de pista concreta do “escolhido” ou “escolhida”.
O problema é que o nome “viável” só será conhecido se – e somente se – a Assembleia Legislativa de Alagoas não tiver candidato. Lira disse aos prefeitos que o compromisso dele é votar no candidato que for definido pela Casa – ou seja pelo grupo de Marcelo Victor.
Ou seja, se o grupo majoritário no Legislativo estadual não tiver candidato ao governo, Arthur chama para si a responsabilidade.
Na reunião de sexta-feira estavam presentes alguns dos possíveis nomes que Arthur Lira pode apoiar ao governo – entre eles Marcelo Victor e Jó Pereira. O deputado Davi Davino Filho, nome do PP com maior densidade eleitoral no momento (de acordo com as últimas pesquisas) não foi a reunião.
O ex futuro governador
A mesa formada durante a reunião do PP não deixa de ser, digamos, intrigante. O prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, filiado ao MDB, sentou-se entre antigos adversários e fez até discurso.
O curioso é que toda essa discussão da Assembleia Legislativa ter um nome ou não ao governo – ou de nome viável do PP – só existe hoje porque lá atrás, ele, decidiu concorrer a prefeitura.
O senso comum, hoje, é que Luciano Barbosa seria, se ainda fosse vice-governador de Alagoas, o nome a ser batido numa eventual sucessão de Renan Filho. Mas essa é outra história, daquelas que vão ficar apenas na imaginação, do que poderia ter sido e nunca mais será.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior

